Arrumações
Existe um certo frio na barriga quando decidimos ir viver com alguém. Há sempre, por um lado, a pressão familiar (sobretudo dos membros mais idosos da familia) que serás uma meretriz (ou badalhoca) se te juntares. E o "juntar" vem sempre com aquele esgar de desdém tão característico, e que a malta nova gosta tanto.
"Então, vais te "casar" não é assim? Vais vestida de calças de ganga não?"
Estas, e outras frases, são repertório mais ou menos frequente. Não que eu ligue muito. Mas às vezes, até me faz uma certa coceira na pontinha do dedo mindinho do pé.
Outra das coisas que surge são as duvidas. Essas sim, são piores que a coceira derivada do arrancar de crostas da rubéola (ou de sarampo, que eu não sou esquisita). Mas, neste caso, não há Caladril que nos besunte a consciência desse creme cor de rosa viscoso para acalmar a coceira. Surgem sempre duvidas.
Será que vou gostar de viver com ele?
Será que a paixão vai esmorecer mais facilmente?
Será que daqui a um ano ainda estamos juntos?
Será que se eu casasse faria a diferença?
As respostas até ao momento são:
É mais provável que sim
Definitivamente sim
Acho que sim, quase a certeza que sim
NÃO
Com estas questões posso eu bem. Aquelas com as quais eu não posso são:
Será que vou aguentar o facto de ele bater com os dentes no garfo enquanto come?
Será que vou aguentar o facto de ele insistir numa mesa de café porque senão "aonde é que ele coloca os pés quando se quer esticar na sala"?
Será que vou aguentar o facto de ele insistir em não fazer a cama pois "para quê, se à noite a temos de desfazer outra vez?"?
Será que vou aguentar o facto de ele não comer "verdes" porque lhe faz impressão na garganta?
Será que vou aguentar o facto de ele "não comer queijo" exceptuando quando este se encontra nos seguintes pratos: pizzas, hamburgueres, canelones, lasanha, tostas mistas, empadas...
Isto sim, são duvidas pertinentes. Isto sim, são coceiras valentes, daquelas coceiras para deixar a pele mais vermelha que a pele de um camone inglês ás 13h00 numa praia do Algarve em Agosto.
Gostava que o auditório partilhasse comigo algumas sugestões do que responder a alguns destes argumentos.
Obrigado.
Malandreca
"Então, vais te "casar" não é assim? Vais vestida de calças de ganga não?"
Estas, e outras frases, são repertório mais ou menos frequente. Não que eu ligue muito. Mas às vezes, até me faz uma certa coceira na pontinha do dedo mindinho do pé.
Outra das coisas que surge são as duvidas. Essas sim, são piores que a coceira derivada do arrancar de crostas da rubéola (ou de sarampo, que eu não sou esquisita). Mas, neste caso, não há Caladril que nos besunte a consciência desse creme cor de rosa viscoso para acalmar a coceira. Surgem sempre duvidas.
Será que vou gostar de viver com ele?
Será que a paixão vai esmorecer mais facilmente?
Será que daqui a um ano ainda estamos juntos?
Será que se eu casasse faria a diferença?
As respostas até ao momento são:
É mais provável que sim
Definitivamente sim
Acho que sim, quase a certeza que sim
NÃO
Com estas questões posso eu bem. Aquelas com as quais eu não posso são:
Será que vou aguentar o facto de ele bater com os dentes no garfo enquanto come?
Será que vou aguentar o facto de ele insistir numa mesa de café porque senão "aonde é que ele coloca os pés quando se quer esticar na sala"?
Será que vou aguentar o facto de ele insistir em não fazer a cama pois "para quê, se à noite a temos de desfazer outra vez?"?
Será que vou aguentar o facto de ele não comer "verdes" porque lhe faz impressão na garganta?
Será que vou aguentar o facto de ele "não comer queijo" exceptuando quando este se encontra nos seguintes pratos: pizzas, hamburgueres, canelones, lasanha, tostas mistas, empadas...
Isto sim, são duvidas pertinentes. Isto sim, são coceiras valentes, daquelas coceiras para deixar a pele mais vermelha que a pele de um camone inglês ás 13h00 numa praia do Algarve em Agosto.
Gostava que o auditório partilhasse comigo algumas sugestões do que responder a alguns destes argumentos.
Obrigado.
Malandreca
posted by A Malandreca at
08:59
7 Comments:
O casamento coloca uma pressão diferente nas pessoas , pois não deixa de ser um compromisso legal assumido pelo outro e com a sociedade. Sou casado e penso que existe ainda o peso do casamento enquanto instituição , mas o que interessa são as suas dúvidas. Deixe que lhe diga que a adaptação aos habitos individuais é talvez o mais dificil , pois se por um lado temos de fazer cedencias , por outro temos que perder alguns dos nossos e isso é duro..Depois tudo o resto vem com respeito e tolerância , não amor e paixão . pois esses sentimentos são volateis , intemporais , não permanentes
vale sempre a pena arriscar....porque não?!
Olha que essa do queijo... puro comodismo.
E como já ouvi muitas mulheres casadas dizer: "os homens educam-se"! E aproveita agora para educar o teu, senão depois já não o agarras.
Estou certo que vai tudo correr bem! A vida é para ser vivida...
*
João
Arrisca-se e depois logo se vê!!!!! Se não tentares nunca vais saber, ne??? beijos
Espero que corra tudo bem, até porque para lá caminho.... Mas apesar de também ver mil e um defeitos no meu futuro "gaijo", e de ter medo de que as coisas não corram bem, a verdade é que quando estou longe dele as coisas de que mais saudades tenho são dos pormenores simples do dia-à-dia... De apanhar uma meia dele fora do sitio.....dele me por uma mantinha nos pés..... de lavar os deles e ele impurrar-me para fora do lavatório... enfim... aquelas merdas que nos queixamos, mas que amamos... Porque amar o melhor de nós, qualquer um o faz... agora amar os nossos defeitos... é uma verdadeira prova de amor...
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Independentemente de casares ou juntares, estás numa relação. E eu cá, sou da opinião que há que fazer um "estágio": não há melhor forma de conhecer alguém do que morar com ela. Mas em qualquer relação, é sempre necessário haver cedências de parte a parte e avaliar o peso dos "caprichos" do outro. Provavelmente o Sr. Malandreco também deve ter dúvidas do mesmo tipo em relação a ti :)
Tenho a certeza que vais ficar bem e provavelmente até vais perceber que esses "fetiches" (chamemos-lhes assim) não têm importância nenhuma.
Beijoca
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