Pisadelas
Confesso que sou uma rapariga que até gosta de andar. É um dom associado ao metro e oitenta de altura: a perna comprida e o pé grande, 41. Para além dos problemas e questões traumáticas da juventude ("Mãe, estou farta de ter de procurar sapatos na secção de homem"), felizmente a Bata chegou a Portugal e comecei a ganhar dinheiro para finalmente encontrar o paraiso das mulheres de pé grande: a Holanda.
Eu era o rosto da felicidade naquela sapataria em Leiden onde o número mais pequeno que existia era o 38. IUPIIII!
Mas estou-me a afastar do tema.
Dotada de pernas comprias e pé grande, andar a pé é uma grande tara que tenho. Adoro andar a pé, muito mais que correr. Por isso, o ideal de férias é mochila às costas e toca a subir montes. Por isso, em dias de trabalho, toca de sair numas estações antes para ir a pé até ao trabalho, que este corpito não pode acrescentar quilos a mais (já cavalona sou...).
Mas, O DRAMA, O HORROR
Os passeios estão constantemente bloqueados, não de carros que isso já faz parte da paisagem, mas antes de gente que, ao invés de se estar a despachar para ir para o emprego, preferem andar a pavonear-se, sobretudo aos pares, cigarrinho na mão e jornaleco ou mala na outra. E aqui a Malandreca, com a sua passada de metro e oitenta, quer andar e não pode. Com certeza conhecem a sensação: avançam confiantes pelo passeio, olham para o relogio e dizem para vocês "hoje vou começar cedo para sair cedo" e de repente quase que se podem ouvir os travões mentais
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!!!
Porque duas aventesmas, lado a lado pois, como convém não é verdade, estao calmamente a fazer o seu "passeio" matinal, enquanto conversam sobre as peugas do marido (uma conversa assaz interessante). E, mais grave ainda, quando parece que há uma abertura, ali! No lado esquerdo, dá para passar, avança Malandreca, avança! Logo as senhoras (com a sua visão traseira, agora por qual olho é que não sei) parecem adivinhar que existe uma hipotese de ultrapassagem e logo avançam precisamente para o lado por onde queriamos passar.
De repente, vejo-me numa competição tipo Fórmula 1.
Ás vezes, não há maneira. Um bom COM LICENÇA e um empurrãozinho têm de ser aplicados. E por vezes ainda ouço "ai que maçada!vão com a pressa toda, não deve ser para ir trabalhar"
Oh minha senhora, se tivesse um emprego como o seu, o que eu fazia era despedir-me e dedicar-me antes à bela arte da adivinhação e ganhar dinheiro com aparições nas Tardes da Júlia, porque esse olhinho traseiro deve estar sempre BEM ABERTO....
A Malandreca
Eu era o rosto da felicidade naquela sapataria em Leiden onde o número mais pequeno que existia era o 38. IUPIIII!
Mas estou-me a afastar do tema.
Dotada de pernas comprias e pé grande, andar a pé é uma grande tara que tenho. Adoro andar a pé, muito mais que correr. Por isso, o ideal de férias é mochila às costas e toca a subir montes. Por isso, em dias de trabalho, toca de sair numas estações antes para ir a pé até ao trabalho, que este corpito não pode acrescentar quilos a mais (já cavalona sou...).
Mas, O DRAMA, O HORROR
Os passeios estão constantemente bloqueados, não de carros que isso já faz parte da paisagem, mas antes de gente que, ao invés de se estar a despachar para ir para o emprego, preferem andar a pavonear-se, sobretudo aos pares, cigarrinho na mão e jornaleco ou mala na outra. E aqui a Malandreca, com a sua passada de metro e oitenta, quer andar e não pode. Com certeza conhecem a sensação: avançam confiantes pelo passeio, olham para o relogio e dizem para vocês "hoje vou começar cedo para sair cedo" e de repente quase que se podem ouvir os travões mentais
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!!!
Porque duas aventesmas, lado a lado pois, como convém não é verdade, estao calmamente a fazer o seu "passeio" matinal, enquanto conversam sobre as peugas do marido (uma conversa assaz interessante). E, mais grave ainda, quando parece que há uma abertura, ali! No lado esquerdo, dá para passar, avança Malandreca, avança! Logo as senhoras (com a sua visão traseira, agora por qual olho é que não sei) parecem adivinhar que existe uma hipotese de ultrapassagem e logo avançam precisamente para o lado por onde queriamos passar.
De repente, vejo-me numa competição tipo Fórmula 1.
Ás vezes, não há maneira. Um bom COM LICENÇA e um empurrãozinho têm de ser aplicados. E por vezes ainda ouço "ai que maçada!vão com a pressa toda, não deve ser para ir trabalhar"
Oh minha senhora, se tivesse um emprego como o seu, o que eu fazia era despedir-me e dedicar-me antes à bela arte da adivinhação e ganhar dinheiro com aparições nas Tardes da Júlia, porque esse olhinho traseiro deve estar sempre BEM ABERTO....
A Malandreca
5 Comments:
De um pé 41 para outro ;) A Camper tb não está nada mal.
Sim, lá se vai encontrando algumas coisinhas aqui e ali. A Camper é porreira, mas tem coisas muito caras. So me atrevo nos saldos...
Como só ando de carro, (vá, ando a pé quando tenho que já não tenho comida em casa!) é usual tal acontecer-me mas, com automóveis! Eheheh
É para veres, os engarrafamentos na calçada portuguesa também existem!
Ai, desculpa, o post estava mal escrito. Bom mas a ideia é que só ando nos hipermercados e a verdade é que, muitas vezes também encontro engarrafamentos aí.
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