Monday 13 August 2007

Familias

Quero desde já aqui prestar homenagem à malandreca número 1 - a minha avó - que, apesar de já me ter dito poucas e boas, continua a provar que, de tanto a pessoa pedir que a morte a leve, ela teima em deixá-la cá ficar: e ainda bem, digo eu!
Não há mão para a cozinha como a da minha avó: tomara eu ter o dedo mindinho dela (sem as artroses que a afligem) e pudessem as minhas sopas de sarrabulho sairem tão bem como as dela.
É pena é que, às vezes, não penso que são tão poucos os momentos que ainda a tenho comigo, e que a boca fala com fúria e diz coisas que depois não se calam.
Mas ainda temos os nossos bons momentos: como daquela vez em que os convivas da festa saloia diziam em surdina (julgando que ninguem ouvia) "come, come, que não há jantar em casa!"
Famílias: há cá com cada uma!
A Malandreca

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